A fala e a escuta nas relações raciais

Autores

  • Maria Cristina Francisco

DOI:

https://doi.org/10.30820/0743-4804-2021-31-9

Palavras-chave:

body, listening, speaking, racism, breathing

Resumo

As questõs raciais estão incrivelmente visiveis nos tempos atuais e é essencial falar e escutar o corpo nesses relacionamentos, encarando o sofrimento causado pelo racismo. O racismo causa sofrimento e pode matar. Há varias maneiras de matar e morrer. A respiração e a garganta são afetadas pelo sufocamento e o calar da voz., que é a forma de expressão da autonomia do pensar. O racismo está no ar e todos os orgãos dos sentidos o reconhecem. Ele entra pela garganta e sufoca. Ele toca na pele e congela. A ideologia racista entra e deita raízes que atingem o corpo e a mente. Ele registra memórias interiores que irão se manifestar em gestos e atitudes no corpo branco e no corpo negro. Na sociedade, o corpo branco irá se apresentar como o lugar do privilégio. Ouvir atentamente o analista a respeito de relações raciais envolve escutar-se a si mesmo, envolver-se nesse contexto, e reconhecer a relação desses corpos, marcados, que se solidificam de maneira desigual. Escutar é a arte de cuidar, e isto leva a transformações em direção ao resgate da liberação da respiração, do corpo e da mente.

Biografia Autor

Maria Cristina Francisco

Maria Cristina Francisco, CBT, is a clinical psychologist. She is a member of IABSP (Sao Paulo Institute for Bioenergetic Analysis); member of the Brazilian Biosynthesis Institute; member of Institute AMMA for Psyche and Blackness; member of the FLAAB (Latin-American Bioenergetic Analysis Federation). She was awarded the prize for best social work for the project “Meeting Point - between Black women and men” at the 24th IIBA International Conference in Toronto, Canada, in 2017.She is the author of the book Black Eyes Crossed the Sea - The Black Body on Stage in Bioenergetic Analysis and Biosynthesis.
009-021 36001

Publicado

2021-05-18

Como Citar

Francisco, M. C. (2021). A fala e a escuta nas relações raciais. Bioenergetic Analysis, 31(1), 9–21. https://doi.org/10.30820/0743-4804-2021-31-9

Edição

Secção

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